Preparamos uma sequência de atividades com textos para leitura e interpretação. Confira:
Atividades com textos para leitura e interpretação de texto
O Sapo
Era uma vez um lindo príncipe por quem todas as moças se apaixonavam. Por ele também se apaixonou a bruxa horrenda que o pediu em casamento. O príncipe nem ligou e a bruxa ficou muito brava. “Se não vai casar comigo não vai se casar com ninguém mais!” Olhou fundo nos olhos dele e disse: “Você vai virar um sapo!” Ao ouvir esta palavra o príncipe sentiu estremeção. Teve medo. Acreditou. E ele virou aquilo que a palavra feitiço tinha dito. Sapo. Virou um sapo.
ALVES, Rubem. A Alegria de Ensinar. Ars Poética, 1994.
1- No trecho “O príncipe NEM LIGOU e a bruxa ficou muito brava”, a expressão destacada significa que
(A) não deu atenção ao pedido de casamento.
(B) não entendeu o pedido de casamento.
(C) não respondeu à bruxa.
(D) não acreditou na bruxa.
MORADA DO INVENTOR
A professora pedia e a gente levava, achando loucura ou monte de lixo:latas vazias de bebidas, caixas de fósforo,pedaços de papel de embrulho, fitas,brinquedos quebrados, xícaras sem asa,recortes e bichos, pessoas, luas e estrelas,revistas e jornais lidos, retalhos de tecido,rendas, linhas, penas de aves, cascas de ovo, pedaços de madeira, de ferro ou de plástico.
Um dia, a professora deu a partida, e transformamos, colamos e colorimos.
E surgiram bonecos (…),
bichos (..) e coisas malucas (…)
E a escola virou morada do inventor.
Elias José. Nova Escola, junho 2000, n. 133.
2- No trecho “Um dia, a professora deu a partida, e transformamos, colamos e colorimos.”, a expressão em destaque significa
( A ) quebrou um objeto
( B ) ligou o carro
( C ) iniciou a atividade.
( D ) saiu do local.
O Feitiço do sapo
Todo lugar sempre tem um doido. Piririca da Serra tem Zóio. Ele é um sujeito cheio de ideias, fica horas falando e anda pra cima e pra baixo, numa bicicleta pra lá de doida, que só falta voar. O povo da cidade conta mais de mil casos de Zóio, e acha que tudo acontece, coitado, por causa da sua sincera mania de fazer “boas ações”. Outro dia, Zóio estava passando em frente à casa de Carmela, quando a ouviu cantar uma bela e triste canção. Zóio parou e pensou: que pena, uma moça tão bonita, de voz tão doce, ficar assim triste e sem apetite de tanto esperar um príncipe encantado. Isto não era justo. Achou que poderia ajudar Carmela a realizar seu sonho e tinha certeza de que justamente ele era a pessoa certa para isso. Zóio se pôs a imaginar como iria achar um príncipe para Carmela. Pensou muito para encontrar uma solução e finalmente teve uma grande ideia de jerico: foi até a beira do rio, pegou um sapo verde e colocou-o numa caixa bem na porta da casa dela.
FURNARI, Eva. O feitiço do sapo. São Paulo: Editora Ática, 2006, p. 4 e 5. Fragmento.
3 – Colocar um sapo na porta da casa de Carmela foi uma ideia de jerico, porque essa ideia é
( A ) secreta
( B ) absurda
( C ) perigosa
( D ) maldosa
Talita
Talita tinha a mania de dar nomes de gente aos objetos da casa, e tinham de ser nomes que rimassem. Assim, por exemplo, a mesa, para Talita, era Dona Teresa, a poltrona era Vó Gordona, o armário era o Doutor Mário. A escada era Dona Ada, a escrivaninha era Tia Sinhazinha, a lavadora era Prima Dora, e assim por diante.
Os pais de Talita achavam graça e topavam a brincadeira. Então, podiam-se ouvir conversas tipo como esta:
— Filhinha, quer trazer o jornal que está em cima da Tia Sinhazinha!
— É pra já, papai. Espere sentado na Vó Gordona, que eu vou num pé e volto noutro.
Ou então:
— Que amolação, Prima Dora está entupida, não lava nada! Precisa chamar o mecânico.
— Ainda bem que tem roupa limpa dentro do Doutor Mário, né mamãe?
E todos riam.
BELINKY, Tatiana. A operação do Tio nofre: uma história policial. São Paulo: Ática, 1985.
4- A mania de Talita de dar nome de gente aos objetos da casa demonstra que ela é:
(A) curiosa.
(B) exagerada.
(C) estudiosa.
(D) criativa.
O Galo e a Pedra Preciosa
Esopo
Um Galo, que procurava no terreiro, alimento para ele e suas galinhas, acaba por encontrar uma pedra preciosa de grande beleza e valor. Mas, depois de observá-la por um instante, comenta desolado:
— Se ao invés de mim, teu dono tivesse te encontrado, ele decerto não iria se conter diante de tamanha alegria, e é quase certo que iria te colocar em lugar digno de adoração. No entanto, eu te achei e de nada me serves. Antes disso, preferia ter encontrado um simples grão de milho, a que todas as joias do Mundo!
Moral da História:
A necessidade de cada um é o que determina o real valor das coisas.
5- O tema desse texto é
( A ) o encontro do galo com a pedra.
( B ) a relação entre valor e necessidade
( C ) a beleza e o valor da pedra preciosa
( D ) o alimento preferido de galos e galinhas
Animais têm sentimentos?
Experiências e observações feitas por especialistas mostram que
é possível que bichos sintam alegria, tristeza, raiva ou ciúme, como nós. Eles não falam, mas parecem demonstrar sentimentos em certas ações. Há casos de elefantes que emitem sons diante de ossos de parentes mortos, como se estivessem se lamentando, e de búfalos que deslizam no gelo, aparentemente só por diversão. Os cães, que convivem de perto com os humanos, conseguem expressar muitas emoções, como medo e alegria.
CRISTIANINI, Maria Carolina. Recreio. São Paulo: Abril, ano 9, n. 464, jan. 2009.( P050336A9_SUP)
6 – Qual o tema desse texto?
( A ) Os sons dos elefantes
( B ) As brincadeiras dos búfalos.
( C ) A convivência entre cães e homens
( D ) O sentimento dos animais
PRINCESA NENÚFAR ELFO-ELFA
Nasceu já bem pálida, de olhos claros e cabelos loiros, quase brancos. Foi se tornando invisível já na infância e viveu o resto da vida num castelo mal-assombrado, com fantasmas amigos da família. Dizem que é muito bonita, mas é bem difícil de se saber se é verdade.
SOUZA, Flávio de. Príncipes e princesas, sapos e lagartos. Histórias
modernas de tempos antigos. Editora FTD, p. 16. Fragmento.
7-A opinião das pessoas sobre a princesa é de que ela
A) é muito bonita.
B) é pálida, de olhos claros.
C) tem cabelos quase brancos.
D) vive num castelo.
CURIOSIDADES PELO MUNDO
Sabia que no Egito é uma tremenda falta de educação mostrar a sola dos pés, enquanto que encher uma xícara de chá até transbordar é um gesto superelegante. Já na Áustria bater em uma mesa com os punhos fechados, significa boa sorte (com certeza a mesa não teve sorte). No Japão, levantar o polegar quer dizer namorado, e levantar o dedo mindinho quer dizer namorada. Ah! Essa é superimportante, para o caso de você algum dia ir para Bulgária. É que lá, ao contrário daqui, balançar a cabeça para os lados significa “Sim”, e balançar para cima e para baixo significa “Não”. Bom, para terminar, se algum dia você estiver na Itália, saiba que levar uma garrafa de vinho em um jantar que você foi convidado é um grande insulto. E esperar todos se sentarem à mesa para começar a comer é uma falta de consideração com o alimento. Com essas dicas, aposto que se algum dia você viajar para alguns desses países não irá pagar tanto mico, se bem que é uma delícia pagar micos em viagens para depois contar para os amigos, e fazer a viagem valer a pena.
NEVES, Ana Paula. Disponível em:
8- A frase que expressa uma opinião é:
A) “Já na Áustria bater em uma mesa com os punhos fechados significa boa sorte…”.
B) “…esperar todos se sentarem à mesa para começar a comer é falta de consideração com o alimento.”.
C) “…se bem que é uma delícia pagar micos em viagens para depois contar para os amigos,…”.
D) “No Japão, levantar o polegar quer dizer namorado, e levantar o dedo mindinho quer dizer namorada.”.
Um Remédio Chamado Carinho
Você sabia que a desnutrição, às vezes, não é causada apenas pela má alimentação? Falta de carinho também pode dificultar o desenvolvimento de uma criança.
Hoje, 1% a 5% das crianças brasileiras sofrem de desnutrição.
Para tentar amenizar o problema, um hospital de São Paulo, o Pérola Byington, está ensinando as mães de crianças com desnutrição a cantar para seus filhos e até brincar de roda. O “tratamento” está dando certo, ou seja, algumas doses extras de carinho não fazem mal a ninguém.
Um remédio chamado carinho. ZÁ, Coral Ed. n. 30, 1999
9- Esse texto foi escrito para
( A ) homenagear os pais de crianças desnutridas.
( B ) ensinar brincadeiras para pessoas com desnutrição.
( C ) criticar o carinho exagerado entre pais e filhos.
( D ) informar sobre a importância do carinho.
O piolho viajante
Eu nasci lá para a Ásia. Nasci fora de tempo. Minha mãe esteve em perigo de vida, mas, mesmo assim, nasci, ainda que piolho, bastante grande e largo, tanto que muitas vezes me confundiam com um percevejo. Saí todo à minha mãe, principalmente nos olhos. A minha cor é cinzento-escura.
A primeira cabeça onde pus o pé e o dente foi a de um teimoso, mas um homem bom, ele tinha a maior vaidade em dizer que tinha piolhos.
Passados dias, o teimoso decidiu tentar criar cabelo, para isso untava a cabeça com banha. Não é que deu certo o remédio? Porém originou a desgraça de eu ter de passar a outra cabeça.
Acontece que o teimoso vivia com uma teimosa e foi na cabeça dela que eu fui parar. A mulher, porém, resolveu que precisava ir ao cabeleireiro. Quando acordei me vi preso no pente e me pus na cabeça do amigo cabeleireiro. Também não passei mal na cabeça do amigo cabeleireiro. A cabeça parecia uma moita. Era
verdadeiramente um mato bravo, cheio de muita bicharia. Aos domingos, ele saía para dançar. Estando numa contradança, esbarrou com uma senhora e deram tão grande cabeçada que caí para a cabeça da Dama. Eu fiz minhas tentativas de saltar ao chão, para voltar à antiga cabeça, mas
como estava tudo em desordem, receei ser pisado e fui parar na cabeça da nova senhora (…).
Antônio Manuel Policarpo da Silva
Revista CHC das crianças, Ano 2, p.12, mai. 2008. Adaptado. (P050139A9_SUP)
10- O narrador desse texto é
( A ) uma criança.
( B ) uma mãe
( C ) um piolho
( D ) um percevejo
O rato do mato e o rato da cidade
Um ratinho da cidade foi uma vez convidado para ir à casa de um rato do campo. Vendo que seu companheiro vivia pobremente de raízes e ervas, o rato da cidade convidou-o a ir morar com ele:
— Tenho muita pena da pobreza em que você vive — disse.
— Venha morar comigo na cidade e você verá como lá a vida é mais fácil.
Lá se foram os dois para a cidade, onde se acomodaram numa casa rica e bonita.
Foram logo à despensa e estavam muito bem, se empanturrando de comidas fartas e gostosas, quando entrou uma pessoa com dois gatos, que pareceram enormes ao ratinho do campo.
Os dois ratos correram espavoridos para se esconder.
— Eu vou para o meu campo — disse o rato do campo quando o perigo passou.
— Prefiro minhas raízes e ervas na calma, às suas comidas gostosas com todo esse susto.
Mais vale magro no mato que gordo na boca do gato.
Alfabetização: livro do aluno 2ª ed. rev. e atual. / Ana Rosa Abreu… [et al.]
Brasília: FUNDESCOLA/SEF-MEC, 2001. 4v. : p. 60 v. 3
11 – O problema do rato do mato terminou quando ele
(A) descobriu a despensa da casa.
(B) se empanturrou de comida.
(C) se escondeu dos ratos.
(D) decidiu voltar para o mato.
1880 – Fundação do corpo de bombeiros de São Paulo
Antigamente, quando tinha um incêndio, mulheres, homens e crianças faziam uma fila do lugar que estava pegando fogo até o poço mais próximo e passavam baldes de mão em mão até a água chegar às chamas. Mas as cidades foram crescendo, os prédios ficaram mais altos e foi preciso achar um outro jeito de acabar com o fogo. Então, pessoas passaram a ser treinadas para apagar incêndios e socorrer as vítimas. Eram os primeiros bombeiros. Hoje em dia, os bombeiros fazem até mais do que isso. Eles realizam salvamentos, prestam socorro em casos de afogamento, ajudam quando há inundações, desabamentos, catástrofes e calamidades públicas.
Muitos acham que eles são verdadeiros heróis.
12- De acordo com esse texto, os primeiros bombeiros surgiram porque
A) as pessoas faziam fila para pegar água no poço mais próximo.
B) as pessoas precisavam de treinamento para apagar o fogo.
C) os bombeiros faziam mais do que apagar incêndios.
D) os bombeiros eram considerados verdadeiros heróis.
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