Durante o processo de alfabetização, que, geralmente, vai até o 3º ano, algumas trocas ortográficas são comuns, por 2 motivos: primeiro, porque a criança, que está terminando um período de muita ansiedade e de esforço, que foi o próprio processo de aprendizagem da leitura/escrita, está com a autoestima lá nas nuvens porque ela conseguiu superá-lo, e, assim, não se atém muito ao escrever pois, afinal de contas, “é fácil” (agora!); e, segundo, porque existem fonemas (sons) que apresentam mais que uma representação (por exemplo: z, x e s com som de z). Esses dois tipos de trocas são comuns, desde que não sejam sistemáticas, ou seja, desde que a criança não troque sempre a mesma letra. E, mesmo sendo comuns, devem ser trabalhadas, pois, se ultrapassarem essa série, poderão virar vício.
Quando as trocas são constantes, ou seja, sistemáticas, deve-se trabalhar com a criança a consciência fônica das letras. Trocas chamadas de surdo-sonoras são as mais comuns e representam melhor a categoria de trocas sistemáticas. São elas: D e T, P e B, F e V, G/J e X/CH. Essas trocas são comuns pois têm a formação do som no mesmo local do aparelho fônico, diferenciando-se apenas por “onde o som irá sair”, se pelo nariz ou pela boca.
- repita FFábio. Agora diga qual é o som do começo?
- repita ffaca. Qual é o som do começo?
- repita fficou. Qual é o som do começo?
- repita ffácil. Qual é o som do começo?
- repita ffolha. Qual é o som do começo?
- repita ffalou. Qual é o som do começo?
- repita ffacada. Qual é o som do começo?
Esse som que vocês disseram é escrito por esta letra: F (Mostrar letra F do alfabeto).
fonte: Bruna Alves do blog Como eu aprendo
ohhh, que bonitinho!
Relevante para minha sala de aula.