PROJETO CONSCIÊNCIA NEGRA

Projeto dia da conciencia negra EDUCAÇÃO NÃO TEM COR, 20 de outubro.

1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO:

Tema: Educação não tem cor.
Tempo de execução: um mês
Culminância: Dia 20 de novembro – dia nacional da consciência negra.
Característica:
Projeto
interdisciplinar,
envolvendo
História,
Língua
Portuguesa, Geografia, Artes e Educação Física.

1.1. BLOCO TEMÁTICO:

• História, Cultura e Diversidade: Quais as coisas que fazem parte da nossa
cultura que adquirimos por influência africana?
• Ser humano, Direitos humanos e Igualdade: Como o negro é visto dentro da
nossa sociedade?
• Educação, ética e etnia: Valorização e respeito da nossa própria identidade.

1.2. CONTEÚDO FOCO:

O conteúdo foco é a educação voltada para consciência da importância do
negro para a constituição e identidade da nação brasileira e principalmente, do
respeito à diversidade humana e a abominação do racismo e do preconceito,
desenvolvido por meio de um processo educativo do debate, do entorno, buscando nas
nossas próprias raízes a herança biológica e/ou cultural trazida pela influência africana.
Inicialmente, será conduzido pela simples observação de fotos de revistas sobre algumas
coisas que fazem parte da cultura africana (comidas, danças, vestimentas, etc.);
estabelecendo a seguir um vínculo entre as curiosidades que surgirem dos alunos sobre
o tema e a instigação provocada pelo professor no intuito de ir avançando no
conhecimento sobre o assunto.

1.3. CICLO E SÉRIE A QUE SE DESTINA:

Este projeto se destina ao 1 º ciclo – 1º ANO do ensino fundamental.

2. PROBLEMA:

Historicamente, o Brasil, no aspecto legal, teve uma postura ativa e permissiva
diante da discriminação e do racismo que atinge a população afro-descendente brasileira
até hoje. Nesse sentido, ao analisar os dados que apontam as desigualdades entre
brancos e negros, constatou-se a necessidade de políticas específicas que revertam o
atual quadro.

No campo da educação, promover uma educação ética, voltada para o respeito e
convívio harmônico com a diversidade deve-se partir de temáticas significativas do
ponto de vista ético, propiciando condições desde a mais tenra idade, para que os alunos
e alunas desenvolvam sua capacidade dialógica, tomem consciência de nossas próprias
raízes históricas que ajudaram e ajudam a constituir a cultura e formar a nação
brasileira, pois, o preconceito e o racismo são uma das formas de violência, diante
disso, quais as situações que temos possibilidades de mudar? Qual seria a nossa
contribuição concreta para viabilizar a conscientização das pessoas?
3. JUSTIFICATIVA:

Comemorar o 20 de novembro – Dia da Consciência negra, dedicando o mês de
novembro, para debater e refletir sobre as diferenças raciais e a importância de cada um
no processo de construção de nosso país, estado e comunidade. Com este trabalho
espero que a consciência de valorização do ser humano ultrapasse as fronteiras da
violência, do preconceito e do racismo.

4. OBJETIVOS:

• Valorizar a cultura negra e seus afro-descendentes e afro-brasileiros, na escola e
na sociedade;
• Entender e valorizar a identidade da criança negra;
• Redescobrir a cultura negra, embranquecida pelo tempo;
• Desmitificar o preconceito relativo aos costumes religiosos provindos da cultura
africana;
• Trazer à tona, discussões provocantes, por meio das rodas de conversa, para um
posicionamento mais crítico frente à realidade social em que vivemos.

5. DESENVOLVIMENTO:

O desenvolvimento do projeto estará em consonância com os blocos temáticos
citados e será feito de acordo com as necessidades da turma e a realidade local,
estabelecendo o problema e a proposta de conteúdo para a classe. O tema será
desenvolvido na sala de aula por meio de atividades para a sua exploração,
sistematização e para a conclusão dos trabalhos. Os alunos devem fazer observações
diretas no entorno familiar, observações indiretas em ilustrações e/ou vídeos,
experimentações e leituras. Para tanto vamos utilizar:
• Livro:“Menina bonita do laço de fita” de Maria Helena Machado, Ed. Ática,
2007;
• Livro: “Declaração Universal dos direitos humanos” – adaptação Ruth Rocha e
Otávio Roth, 2003;
• Estudo de alguns artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos;
• Exibição de vídeo (clipes): ”Missa dos quilombos” – música de Milton
Nascimento;
• Promover reflexões positivas de reportagens jornalísticas e textos da atualidade
que tratam sobre o tema;
• Audição, análise e ilustração da música de Milton Nascimento “Uakti – lágrimas
do sul”;
• Ilustrações dos trabalhos de Candido Portinari – “Menina com tranças e laços”
fazendo uma analogia com o livro “Menina bonita do laço de fita” e “cabeça de
negro”.
• Estar em contato com músicas da cultura africana como o samba, a batucada;
• Produção em artes com sucatas;
• Se possível, assistir e participar de uma apresentação de capoeira – a confirmar;

Atividades:
• Hora da história: leitura e análise de alguns artigos do livro “Declaração
Universal dos Direitos Humanos” e “Menina bonita do laço de fita”;
• Verificação do caminho geográfico feito da África para o Brasil por meio do
mapa mundi;
• Estudos de música, fazendo releituras e transformando-os em ilustrações
pedagógicas para uma amostra cultural;
• Confeccionar cartazes – recorte, pintura e colagem – com fotos de revistas que
tratam da diversidade étnica brasileira e a cultura do negro;
Realizar brincadeiras e jogos infantis:
• Construção de uma máscara africana com saco de pão;
• Construção e de um tabuleiro do jogo Kalah – feito com caixa de ovos (um jogo
de tabuleiro que veio da África que simula o plantio de sementes, desenvolvendo
a atenção e a concentração da criança);

6. FECHAMENTO DO PROJETO:

6.1. RESULTADOS ESPERADOS:

• Apropriação de diversos saberes, além da conscientização sobre temas
relevantes como legislação, tolerância, direitos e deveres etc.;
• Desenvolvimento de valores – conceitos e procedimentos;
• Apropriação de novas aprendizagens, a partir de reflexões e esclarecimentos
sobre outras culturas.

No final, sempre com a orientação do professor, os alunos deverão organizar os
conhecimentos que adquiriram, fazendo registros de suas atividades, com desenhos,
esquemas, confecções e etc. E durante essas atividades várias atitudes e valores éticos e
humanos podem ser trabalhados para a consolidação do conteúdo foco.

Montaremos uma exposição com os materiais coletados e produzidos pelas
crianças em conjunto com o professor para que sejam apresentados no mural que
faremos na escola, para possível visita dos pais que, infelizmente, não tem muita
disponibilidade para vir à escola, então, estarei mostrando e comentando estes trabalhos
com eles no dia da reunião de pais.

7. AVALIAÇÃO:

A avaliação acontecerá em qualquer momento do processo educativo, de forma
contínua e diagnóstica; com a intenção primordial de rever a própria prática docente
criando novas possibilidades para estimular os alunos a desenvolverem-se suas
potencialidades levando em conta, principalmente, os avanços individuais dentro da
coletividade e a participação no desenvolvimento de todas as atividades (de acordo com
as peculiaridades de cada aluno) no decorrer do projeto.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

O trabalho de educação anti-racista deve começar cedo. A criança negra precisa
se ver como negra e aprender a respeitar a imagem que tem de si mesmo e ter modelos
que confirmem essa expectativa.

O projeto visa à alegria e à majestade da cultura africana, tudo como deve ser,
sem constrangimentos nem equívocos.

Portanto, este projeto trata-se de uma proposta construída, mas não acabada e
estará sujeito a mudanças de acordo com o cotidiano em sala de aula.

9. REFERÊNCIAS PARA DESENVOLVIMENTO DO TEMA COM AS
CRIANÇAS:

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações Étnico–
Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Secretaria
Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Brasília: MEC, 2005. 35p.

MACHADO. Maria Helena. Menina bonita do laço de fita. São Paulo-SP. Ed. Ática,
2007.

Revista Nova Escola. Vários autores. São Paulo-SP – edição de Nov. 2004 e
2005.

ROCHA. Ruth. ROTH. Otávio. Declaração universal dos direitos humanos. São Paulo-
SP, 2004.

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